sexta-feira, 21 de junho de 2013

HISTÓRIA DA GEOMETRIA

Uma estranha construção feita pelos antigos persas para estudar o movimento dos
astros. Um compasso antigo. Um vetusto esquadro e, sob ele, a demonstração figurada do
teorema de Pitágoras. Um papiro com desenhos geométricos e o busto do grande Euclides.
São etapas fundamentais no desenvolvimento da Geometria. Mas, muito antes da compilação
dos conhecimentos existentes, os homens criavam, ao sabor da experiência, as bases da
Geometria. E realizavam operações mentais que depois seriam concretizadas nas figuras

geométricas.

Quer saber mais, leia:


Já que o assunto de nossa aula é paralelepípedo ..................

Postado Por Eliana Maria

quinta-feira, 20 de junho de 2013



Boa noite pessoal,
A professora Edna Fonseca que faz parte do nosso grupo não conseguiu postar e pediu pra mim.
É um PPT muito interessante sobre Pirâmides que um aluno fez. Segue o link abaixo para download.

https://docs.google.com/file/d/0B3zX1F-qjBMpRFJISnAwd3I5NVE/edit?usp=sharing

sábado, 15 de junho de 2013

Postado por Eliana Maria



Outro exercício sobre volume do paralelepípedo, que envolve equação do 2º grau.

      De acordo com a Infraero ( Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária ), com exceção de crianças de até 2 anos pagando 10% da tarifa, todo passageiro de voos em aeronaves com mais de 50 assentos tem o direito de levar, entre os itens de bagagem de mão, uma bolsa, uma maleta ou um equipamento. Essa bagagem pode ter, no máximo, 5 kg de massa e dimensão total menor ou igual a 115 cm, que é obtida somando a medida da largura, da altura e do comprimento da bagagem transportada. 
      Considerando que as bolsas tenham forma de paralelepípedo, determine as dimensões de cada uma delas e verifique quais podem ser levadas como bagagem de mão de acordo com as normas acima.

Bolsa nº 01: comprimento: x + 28 cm
                    largura: x
                    altura: 28 cm
                    volume : 43.904 cm³

Bolsa nº 02: comprimento: 32 cm
                    largura: x + 10 cm
                    altura: x - 10 cm
                    volume : 53.248 cm³

Bolsa nº 03: comprimento: 5x
                    largura: 2x + 9 cm
                    altura: 45 cm
                    volume: 54.675 cm³

Bolsa  nº 04: comprimento: x
                     largura: x
                     altura: x
                     Volume: 54.872 cm³

Postado por Eliana Maria
                         
Postado por Eliana Maria
Postado por Eliana Maria



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Caros leitores



Nós somos da cidade de Sorocaba, somos um  grupo de professores de Matemática  que está participando do curso “Programa Melhor Gestão, Melhor Ensino” promovido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A última atividade da primeira etapa do curso foi  a elaboração de um Plano de aula que levasse em consideração o “mapa de relevância” necessário para a solução de uma questão norteadora.
Mapeamos as habilidades e conteúdos necessários para que os alunos conseguissem resolver a questão escolhida, e elaboramos um plano de aula, inclusive com sugestões de leituras matemáticas que sintetizou toda a discussão.
A “retomada” de alguns conteúdos e habilidades não dominadas pelos alunos é imprescindível para que eles estejam aptos a avançar em seu processo de aprendizagem. Cabe ao professor julgar a profundidade como esses temas serão tratados a partir das necessidades da própria turma.
contamos com a colaboração de todos os colegas que visitarem nosso blog, pois certamente há muitos outros recursos e enfoques que se pode utilizar para tratar desse tema!


Plano de aula


Leitura inicial
 Paralelepípedo

Nem sempre fui esta sombra
que repousa nos recantos

onde brilhou um dia a luz.

Sentado na escuridão
fechos os olhos
e sustenho a respiração.

Nem sempre fui
um paralelepípedo.

Houve um tempo
em que era esférico

e podia rolar...



Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=228886#ixzz2WC6zm8sF 
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Questão para 7ª Série/8º Ano (4º bimestre)



Mapa de percurso por habilidades




}Tema: Geometria
}Conteúdo: Volume do prisma
}Habilidade:
Calcular áreas de polígonos de diferentes tipos, com destaque para os polígonos regulares
Saber identificar prismas em diferentes contextos, bem como saber construí-los e calcular seus volumes;


Objetivos:
Levar o aluno a reconhecer e calcular a área de figuras planas, bem como reconhecer e calcular o volume dos sólidos.

Justificativa:
Segundo o Currículo oficial do Estado de São Paulo o conhecimento geométrico se apresenta em quatro faces, que se relacionam permanentemente, são elas:
Percepção;
Concepção;
Construção;

Representação.
O Segundo ele o aluno deve observar as formas geométricas, suas propriedades e características, tendo por base atividades sensoriais, como a observação e manipulação de objetos.

Estratégias:
}Fazer o aluno utilizar o material manipulável, para modelar o problema proposto, afim de melhorar sua compreensão do objeto em estudo (prisma).

Recursos:
}Papel cartão ;
}Régua;
}Tesoura;
}Elástico;
}Utilização do software POLY.
(O software Poly 1.11 ou 3D é um aplicativo para Geometria Espacial, faz planificações e animações. Muito interessante para aplicar com Poliedros (platônicos ou arquimedianos entre outros sólidos). Proporciona possibilidade de ação com lousa digital interativa.)
Conheça mais softwares: http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/softwares/soft_geometria.php)

Avaliação:
}Construção do sólido geométrico;
}Resolução do problema proposto;
}Avaliação dissertativa sobre as habilidades pressupostas na resolução do problema.
Formas de recuperação
}Desenvolver atividade utilizando um outro material manipulável (geoplano) para auxiliar na compreensão do conceito de área.
}Desenvolver atividade utilizando um outro material manipulável (material dourado) para auxiliar na compreensão do conceito volume.

Questão  a)
}Resolução:
}25 x 5 x 6= 750 u³
}Lado adicionado de uma unidade:
}26 x 6 x 7=1050 u³
}Diferença: 1050-750=300 u³

Questão b)
}Resolução
}25 x 5 x 6 = 750 u³

}Dobro do lado:

}(25x2) x(5x2) x (6x2)= (25x5x6)x 2³

}2³=8
}Resposta: a razão de aumento foi de 8 vezes maior.




Texto Complementar
As embalagens do leite longa vida
       A preocupação de conservar alimentos, que é uma constante na história, fica mais aguda em períodos de forte escassez como os de guerra. Na Europa, durante os anos 40, devido à Segunda Grande Guerra, o problema de abastecimento de leite ficou crítico. Ruben Rausing, buscando maneiras de minimizar esse problema, desenvolveu um tipo de embalagem cartonada (papel com plástico), tetraédrica (formato de uma pirâmide), cujo processo de envase utilizava a selagem abaixo do nível do líquido. Era o começo da caixinha longa vida. Durante dos anos 50, com o aprimoramento do envase asséptico, e buscando resolver também os problemas de estocagem, a caixinha longa vida ganhou o formato de um paralelepípedo (brick ou tijolo). Pouco a pouco, foi conquistando o mundo. Hoje, faz parte dos hábitos de consumidores de mais de 150 países.
      A caixinha longa vida é composta de seis camadas de diferentes materiais. Começando de dentro para fora, duas camadas de polietileno evitam qualquer contato do alimento com as demais camadas protetoras da embalagem. Em seguida, vem uma camada de alumínio, cuja função é evitar a passagem de oxigênio, luz e microrganismos, e uma quarta camada de polietileno. Uma quinta camada de papel confere resistência à embalagem e, finalmente, uma sexta camada de polietileno. O resultado é uma embalagem de alta qualidade, que tirando proveito do melhor de cada material que a compõe, impede a entrada de luz, ar, água e microrganismos. Ao mesmo tempo, evita que o aroma dos alimentos saia e inibe a oxidação, que tanto prejudica a qualidade dos alimentos.
      A caixinha longa vida é uma embalagem ecologicamente correta. Em primeiro lugar, a caixinha longa vida embala um litro de alimento com apenas 28 gramas de matérias-primas. Essa eficiência implica em menor impacto em menor impacto ambiental, por utilizar o mínimo de recursos renováveis e por otimizar o transporte, diminuindo a emissão de gás carbônico. Além disso, o processo de fabricação da caixinha utiliza materiais e técnicas modernas, feitas com enorme preocupação ambiental. Tanto que a fábrica da caixinha longa vida, em Monte Mor, foi a primeira fábrica de embalagens certificada com o ISSO 4001. Apesar das caixinhas longa vida representarem menos de 1% do lixo doméstico produzido, a Tetra Pak tem estimulado crescentemente sua reciclagem, seja incentivando processos de coleta seletiva, seja pesquisando e implantando novos processos de reciclagem.
      Existem dois processos principais de reciclagem: a incineração com recuperação de energia e a reciclagem por separação das fibras de papel, plástico e alumínio. No primeiro, as embalagens são incineradas, produzindo vapor que movimenta turbinas de geração de energia. No segundo, as embalagens, adicionadas de água, são trituradas em liquidificadores gigantes (hidropull). Nesse processo, ocorre a separação das fibras de papel do polietileno/ alumínio. As fibras podem ser utilizadas para fabricar papel. O resíduo sólido composto pela mistura de polietileno/alumínio pode ter dois destinos. Ou ser incinerado em fornos de biomassa, gerando energia, ou ter separados e reutilizados, pelo processo denominado termo injeção, alumínio e o polietileno.
      Como todas as demais embalagens que utilizam o alumínio, latas de refrigerantes e enlatados em geral, existe uma camada protetora internas de polietileno. No caso da caixinha longa vida, existem duas. O leite Longa Vida – UHT , com envase asséptico, que mantém o leite em condições de consumo por muito tempo, não é leite esterilizado. A esterilização é um processo conduzido, normalmente em autoclaves, em temperaturas muito elevadas e durante longo tempo, enquanto que o processo UHT utiliza-se, também, de elevadas temperaturas, mas por curta duração.
Comentando o texto:
1)      Quando surgiu as primeiras embalagens de leite cartonadas ( papel com plástico ) ? Por que?
2)      As primeiras embalagens tinham a forma de paralelepípedo?
3)      Por que começaram a produzir embalagens com a forma de paralelepípedo?
4)      Quantas camadas de diferentes materiais compõem uma caixinha longa vida?
5)      Quais os principais processos de reciclagem de uma caixinha longa vida?
6)      Observe a prateleira de sua casa. Além de leite, você observa outras caixinhas longa vida?
7)      Se sua observação for positiva responda: Quais os outros produtos  armazenados nesse tipo de caixinha? Essas caixinhas são todas do mesmo tamanho?
8)      Por que  falamos  leite “ longa vida “ ?

Postado por Fabiana com a colaboração de Eliana Maria


quinta-feira, 13 de junho de 2013




 "A matemática é o alfabeto no qual Deus escreveu o Universo."
   Galileu Galilei


Postado por Eliana Maria

sábado, 8 de junho de 2013

Olá amigos. Estou postando hoje alguns vídeos que achei bastante interessante para serem aplicados em Matemática.Todos eles com autoria de Iberê Thenório, que tem um canal no YouTube chamado Manual do Mundo, com muitos outros vídeos, em sua grande maioria referentes a Física e Química. Vale a pena assistir e acompanhar seus vídeos.

quarta-feira, 5 de junho de 2013


Bom dia!

Sugestões de  Narrativas Matemáticas: 


"Alice no país das maravilhas"

                          http://drikamath.files.wordpress.com/2011/02/alice-no-pac3ads-das-maravilhas.pdf

terça-feira, 4 de junho de 2013

RAPIDINHAS MATEMÁTICAS


             RAPIDINHAS MATEMÁTICAS
     ·         O que é pior do que um “raio” cair em sua cabeça?
           Resposta: Cair um “diâmetro”.
     ·         O que é um menino com­plexo?
           Resposta : É o que tem a mãe real e o pai imaginário.
     ·         O seno estava no banheiro. O cosseno chegou e bateu na porta. O que o seno respondeu?
           Resposta: Tangente!
     ·         Qual é o volume de uma onça morta?
           Resposta: O volume é 4/3.pi.r3, pois uma onça morta é uma ex-fera.

     ·         Como se desmaia um vetor?
           Resposta: É só apagar a sua ponta, pois ele perderá o sentido.




Postado por Eliana Maria

HUMOR MATEMÁTICO

Joãozinho: Motivação para estudar
Joãozinho estava indo muito mal em Matemática.
Os pais já haviam tentado de tudo: aulas particulares, brinquedos educativos, centros especializados, terapia, nada adiantou.
Então ouviram dizer que havia uma escola de freiras no bairro que era muito boa e resolveram fazer mais uma tentativa.
No primeiro dia, Joãozinho voltou para casa com uma cara muito séria e foi direto para o quarto, sem nem mesmo cumprimentar a mãe. Ele sentou-se e estudou, estudou sem parar.
A mãe chamou-o para jantar. Ele jantou correndo e voltou imediatamente aos estudos. A mãe nem acreditava!
Isso durava já algumas semanas. Um dia, Joãozinho voltou para casa com o boletim e entregou para a mãe: nota 10 em Matemática!
A mãe não aguentou e perguntou: – Filho, me diz o que é que te fez mudar desta maneira? Foram as freiras? Joãozinho balança a cabeça negativamente. – O que foi, então? – insiste a mãe – Foram os livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o uniforme, os colegas, O QUE É QUE FOI?
Joãozinho olhou para a mãe e explicou: – No primeiro dia de aula, quando eu vi aquele cara pregado no sinal de mais, eu vi logo que as freiras não estavam brincando!




Postado por Eliana Maria

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jogos para aprender matemática


  Cliquem no link abaixo e vejam quantos jogos para trabalhar com os alunos relacionados à matemática.


http://revistaescola.abril.com.br/jogos-matematica/

Revista Nova Escola
Postado por Eliana Maria

Algumas frases sobre a matemática



"A medicina cria pessoas doentes, a matemática, pessoas tristes, e a teologia, pecadores."
Martinho Lutero


"A matemática, vista corretamente, possui não apenas verdade, mas também suprema beleza - uma beleza fria e austera, como a da escultura."
Bertrand Russell


"A matemática é o alfabeto com o qual DEUS escreveu o universo".
Pitágoras


"A Matemática não mente. Mente quem faz mau uso dela."
Albert Einstein


"A razão é como uma equação
De matemática... tira a prática
De sermos... um pouco mais de nós!"
Fernando Anitelli


"Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada."
Albert Einstein


"Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis."
René Descartes


"Deixei de gostar da matemática,depois que x deixou de ser sinal de multiplicação."
William Shakespeare


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
Clarice Lispector


"Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados."
Arnaldo Jabor


"A física é a poesia da natureza. A matematica, o idioma."
Antonio Gomes Lacerda


"Matemática não é apenas números, e sim envolve letras e toda a capacidade que o ser humano conseguir expressar."
François Viète


"A magia da matemática é ofuscante e exclusiva de seus eternos apreciadores."
Rômulo Alexandre da Silva Fernandes


"O tempo, sendo parte de tudo, também segue a matemática, com seus cálculos exatos, precisos e regras, assim ele traz uma lei, sua lei: O tempo é relativo à sua vontade, só que inversamente proporcional."
Thiago Sette


"A Matemática é como um moinho de café que mói admiravelmente o que se lhe dá para moer, mas não devolve outra coisa senão o que se lhe deu."
Faraday


" O céu deve ser necessariamente esférico, pois a esfera, sendo gerada pela rotação do círculo, é, de todos os corpos, o mais perfeito."
Aristóteles


Postado Por Eliana Maria

 

domingo, 2 de junho de 2013

UM GUIA SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

Um painel para todas as disciplinas mostra quando - e como - as novas ferramentas são imprescindíveis para a turma avançar

Amanda Polato (Amanda Polato)
Recursos didáticos.Como usar a tecnologia na sala de aula.
TICs, tecnologias da informação e comunicação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas. Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas. Qual destes sentimentos mais combina com o seu: expectativa pela chegada de novos recursos? Empolgação com as possibilidades que se abrem? Temor de que eles tomem seu lugar? Desconfiança quanto ao potencial prometido? Ou, quem sabe, uma sensação de impotência por não saber utilizá-los ou por conhecê-los menos do que os próprios alunos?

Se você se identificou com mais de uma alternativa, não se preocupe. Por ser relativamente nova, a relação entre a tecnologia e a escola ainda é bastante confusa e conflituosa. NOVA ESCOLA quer ajudar a pôr ordem na bagunça buscando respostas a duas questões cruciais. A primeira delas: quando usar a tecnologia em sala de aula? A segunda: como utilizar esses novos recursos?

Dá para responder à pergunta inicial estabelecendo, de cara, um critério: só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos. Isso exclui, por exemplo, as apresentações em Power Point que apenas tornam as aulas mais divertidas (ou não!), os jogos de computador que só entretêm as crianças ou aqueles vídeos que simplesmente cobrem buracos de um planejamento malfeito. "Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas", afirma Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA.

Da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino - essa união caracteriza as ilustrações desta reportagem. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas. Isso acontece, por exemplo, quando as TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual. "A tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje", afirma Marcia Padilha Lotito, coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Em outros casos, porém, ela é dispensável. Não faz sentido, por exemplo, ver o crescimento de uma semente numa animação se podemos ter a experiência real.

As dúvidas sobre o melhor jeito de usar as tecnologias são respondidas nas próximas páginas. Existem recomendações gerais para utilizar os recursos em sala (veja os quadros com dicas ao longo da reportagem). Mas os resultados são melhores quando é considerada a didática específica de cada área. Com o auxílio de 17 especialistas, construímos um painel com todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Juntos, teoria, cinco casos reais e oito planos de aula (três na revista e cinco no site) ajudam a mostrar quando - e como - computadores, internet, celulares e companhia são fundamentais para aprender mais e melhor.
Nove dicas para usar bem a tecnologia

O INÍCIO  Se você quer utilizar a tecnologia em sala, comece investigando o potencial das ferramentas digitais. Uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem-sucedidas de colegas.

O CURRÍCULO  No planejamento anual, avalie quais conteúdos são mais bem abordados com a tecnologia e quais novas aprendizagens, necessárias ao mundo de hoje, podem ser inseridas.

O FUNDAMENTAL  Familiarize-se com o básico do computador e da internet. Conhecer processadores de texto, correio eletrônico e mecanismo de busca faz parte do cardápio mínimo.

O ESPECÍFICO  Antes de iniciar a atividade em sala, certifique-se de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar na aula.

A AMPLIAÇÃO  Para avançar no uso pedagógico das TICs, cursos como os oferecidos pelo Proinfo (programa de inclusão digital do MEC) são boas opções.

O AUTODIDATISMO  A internet também ajuda na aquisição de conhecimentos técnicos. Procure os tutoriais, textos que explicam passo a passo o funcionamento de programas e recursos.

A RESPONSABILIDADE
  Ajude a turma a refletir sobre o conteúdo de blogs e fotologs. Debata qual o nível de exposição adequado, lembrando que cada um é responsável por aquilo que publica.

A SEGURANÇA  Discutir precauções no uso da internet é essencial, sobretudo na comunicação online. Leve para a classe textos que orientem a turma para uma navegação segura.

A PARCERIA  Em caso de dúvidas sobre a tecnologia, vale recorrer aos próprios alunos. A parceria não é sinal de fraqueza: dominando o saber em sua área, você seguirá respeitado pela turma.

Fontes: Adriano Canabarro Teixeira, especialista de Educação e tecnologia da UFRGS, Maria de Los Dolores Jimenez Peña, professora de Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Da Universidade Mackenzie, e Roberta Bento, diretora da Planeta Educação.
Reportagem sugerida por oito leitores: Alana Cristina Lorde, Várzea da Palma, MG, Graziela Stein, Marabá, PA,Jaqueline Alves Silva Soares, Caetanópolis, MG, Karla Capucho, Vitória, ES, Kelly Silva Monteiro, São Gonçalo, RJ, Luciano Alves da Silva, São Lourenço da Mata, PE, Nadia Pereira Marques, Cristalina, GO, e Thais Silvestre Rosa, Rio de Janeiro, RJ
Quer saber mais?
CONTATOS
Andrea Vieira Zinni
Cláudio Bazzoni
CE Presidente Kennedy, R. Santa Catarina, 1513, 86600-000, Rolândia, PR, tel. (43) 3256-1442
Colégio Miró, R. Cândido Portinari, 58, 40140-440, Salvador, BA, tel. (71) 3247-3022
EE Patriarca da Independência, R. Rui Barbosa, 55, 13280-000, Vinhedo, SP, tel. (19) 3876-6790
EE Professor Edsson Heráclyto Cerezer, R. Barão do Itaqui, 548, 96400-000, Bagé, RS, tel. (53) 3242-5561
Escola da Vila, R. Barroso Neto, 91, 05585-010, São Paulo, SP, tel. (11) 3726-3578
Ivone Domingues
Levon Boligian
Luciana Hubner
Marcia Padilha Lotito
Marcos Garcia Neira
Museu da Pessoa, R. Natingui, 1100, 05443-002, São Paulo, SP, tel. (11) 2144-7150
Paulo Nin Ferreira
Priscila Monteiro
Rosa Iavelberg
Silmara Maria Cruz Paiva

BIBLIOGRAFIA
Educação Hoje: "Novas" Tecnologias, Pressões e Oportunidades, Pedro Demo, 144 págs., Ed. Atlas, tel. 0800-171-944, 38 reais
Tecnologias para Transformar a Educação, Juana María Sancho e Fernando Hernández, 200 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 44 reais

INTERNET
Guia sobre uso seguro da internet 
Conteúdos digitais para todas as disciplinas  

O QUE SE PODE FAZER DE HISTÓRIA NAS AULAS DE MATEMÁTICA


Uma vertente pouco cultivada é a da História. Essencialmente, retratar, pelos seus próprios depoimentos, a vida e obra de matemáticos brasileiros. Além da valorização e do reconhecimento da contribuição de nossos conterrâneos à Matemática e à sua difusão aqui no Brasil, esse trabalho servirá para preservar a memória nacional, extremamente importante para os historiadores do futuro.

Nos países que foram berço de desenvolvimento matemático, uma prática interessante tem sido "Excursões Matemáticas" de cunho histórico. Por exemplo, visitas à casa onde nasceu Isaac Newton, à universidade onde estudou. Outra atividade é o levantamento de monumentos dedicados a um matemático célebre e também a iconografia. No Brasil esse material é paupérrimo. Mas há possibilidades. Por exemplo, uma excursão à Queluz, Em Portugal, onde há um pequeno museu de Malba Tahan, é muito interessante. Ou mesmo visita para reconhecimento de obras à bibliotecas públicas e privadas.

Mas há muita matemática feita por não matemáticos. Por exemplo, Fermat muitas vezes é chamado "o Príncipe dos Matemáticos amadores". Mas também é claro que há muita matemática implícita em obras não matemáticas, do dia-a-dia. Essa é uma das grandes lições que tiramos da História da Matemática. Muitas das grandes teorias matemáticas tem sua origem em práticas cotidianas.

SUGESTÕES PARA PROFESSORES

Qualquer indivíduo, durante todo o seu dia, calcula, mesmo sem se aperceber disso, tempo e espaço, e traça planos de ação. Identificar essa Matemática do cotidiano é algo que pode ser muito bem explorado pelos professores. É atual, interessante e útil.

Um outro exercício interessante, de natureza histórica, é o levantamento de fatos matemáticos numa comunidade. Desde o traçado da cidade (em alguns casos, as cidades brasileiras foram planejadas) até a construção e localização de monumentos. Os urbanistas, os arquitetos, os políticos e empresários, todos fizeram um estudo preliminar e um projeto para suas ações. Fizeram um modelo ou um planejamento, sempre repousando sobre uma análise matemática. Isto pode ser objeto de interessantes pesquisas.

Uma outra sugestão também de caráter histórico: escrever sobre professores secundários de matemática que marcaram uma escola ou mesmo uma comunidade. Se ainda vivos, entrevistá-los. Se já falecidos, entrevistar parentes, amigos, ex-alunos. A memória de matemáticos, de professores de matemática e de atividades matemáticas brasileiras é muito importante e deveria ter prioridade em cursos de História da Matemática. Dão excelentes e importantes temas para monografias, dissertações e teses, e mesmo temas para projetos de pesquisa para docentes e pesquisadores.

Mas voltemos às reflexões sobre o ensino da História da Matemática como ele é mais comumente entendida no mundo acadêmico. Está claro que não será possível a um professor de matemática explicar a origem histórica da matemática, mesmo que se restrinja a alguma sub-área específica. Essa é uma questão das mais desafiadoras. Muitas vezes se apresenta a História da Matemática no ensino como algo definitivo, insinuando "isso foi assim", o que pode ser falsificador. A História da Matemática no ensino deve ser encarada sobretudo pelo seu valor de motivação para a Matemática. Deve-se dar curiosidades, coisas interessantes e que poderão motivar alguns alunos. Outros alunos não se interessarão. Mas isso é natural.

Jamais deve-se dar a impressão, através de um desfilar de nomes, datas, resultados, casos, fatos, que se está ensinando a origem de resultados e teorias matemáticas. Sabe-se que as necessidades e as idéias vão se organizando ao longo da história, em tempos e lugares difíceis de serem localizados. Numa certa época, as idéias começam a se organizar, a tomar corpo, e a serem identificadas como isso ou aquilo. A partir daí entram para a "história". Mas não nasceram assim.

Outra maneira de se praticar história no ensino é fazer acompanhar cada ponto do currículo tradicional por uma explanação do contexto socio-econômico e cultural no qual aquela teoria ou prática se criou, como e porque se desenvolveu. Isso é muito freqüente nos cursos de história da matemática.

Para se adotar essa prática, a formação do professor é essencial. Nas boas licenciaturas há uma ou duas disciplinas de História da Matemática. Mas nem todo professor teve um curso de História da Matemática ou tem acesso a livros especializados. A preparação que permite ao professor fazer uma abordagem histórico-crítica exige um aprendizado permanente. Geralmente vem como resultado de ele ter feito as disciplinas tradicionais dos programas e de ter refletido sobre esses cursos, feito leituras e lido curiosidade sobre os conteúdos tradicionais. Insisto na palavra sobre. Não é necessário que ele conheça profundamente o tema para poder falar sobre o tema. Mas é importante que ele esteja preparado para dizer "Isso não sei" ou "Isso eu não consegui entender". Um professor que não for capaz de dizer isso para seus alunos será extremamente limitado, amedrontado e as suas aulas serão muito pobres e enganadoras.

O que seria uma preparação histórica básica, essencial, para todos os professores de Matemática? O que se encontra no Almanaque Abril 1995, pp.688-695 responde a essa pergunta. Ali há uma listagem cronológica de fatos e indivíduos que é o essencial na evolução da Matemática. O ideal, que é muito fácil de se conseguir, é acompanhar essa leitura com uma listagem cronológica dos grandes eventos internacionais, sempre acompanhando o exame dos fatos com a consulta a um Atlas -- que o próprio almanaque traz. Assim será possível localizar os lugares dos quais se está falando e o contexto internacional quando se deu o fato matemático. É interessante notar a forte concentração geográfica da produção matemática em certos períodos da história e como essa concentração se desloca.

Poucos professores conhecerão tudo o que é mencionado nessa história sintética e cronológica. Aparecerão nomes de indivíduos e referências a teorias sobre as quais o professor nunca ouviu falar antes. Isso pode ser uma motivação para que o professor tenha curiosidade de ver do que se trata. Caso ele não tenho acesso a livros mais especializados, ele pode consultar uma Enciclopédia, que é uma excelente fonte de informação. Ou pode, através da Internet, freqüentar algumas das inúmeras listas de discussão sobre a História da Matemática.

Também é muito interessante gastar um tempinho falando sobre as pessoas que estamos estudando. Por exemplo, sempre dando lugar e data de nascimento e de morte - se é que já morreu! Há muito material acessível sobre isso. Uma enciclopédia geralmente traz essas informações sobre os nomes mais importantes. Também os livros correntes de história da matemática têm essas informações. Em particular os livros de Carl B. Boyer, Howard Eves e de Dirk Struik.

Veja a versão completa deste artigo em Interface entre História e Matemática